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Questões sobre lógica
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Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento
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mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos.Essa alternativa está incorreta. Embora os nossos sentidos indiquem que um corredor mais rápido ultrapassará o mais lento, Zenão quer exatamente mostrar que essas evidências sensoriais entram em conflito com uma análise lógica mais profunda. Seus paradoxos são feitos para destacar que coisas que percebemos claramente através dos sentidos podem não ser tão simples ou verdadeiras sob análise filosófica rigorosa.
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ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos.Essa alternativa está correta. Zenão utiliza seus paradoxos, tais como o conhecido paradoxo de Aquiles e a tartaruga, exatamente para questionar e problematizar a nossa compreensão intuitiva e sensorial do movimento e do tempo. Ele quer mostrar que a crença na realidade do mundo sensível é problemática, pois leva a contradições quando analisada logicamente.
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baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos.Essa alternativa está incorreta. Na verdade, o argumento de Zenão é mais filosófico e abstrato do que naturalista ou baseado na observação empírica direta. Ele utiliza paradoxos, como o da corrida de Aquiles e a tartaruga, para fazer o ouvinte ou leitor questionar a própria natureza do tempo e do espaço. Sua intenção é mostrar falhas na compreensão comum de fenômenos que aceitamos como certos, ao invés de se apoiar na observação empírica direta.
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pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores.Essa alternativa está incorreta. O argumento de Zenão não pressupõe continuidade ou aceleração do movimento. Pelo contrário, ele tenta demonstrar que movimento e continuidade, quando divididos em infinitos segmentos temporais ou espaciais, resultam em aparente contradição ou impossibilidade. Zenão foca em apresentar essas divisões infinitas para indicar inconsistências na noção de movimento, ao invés de presumir continuidade lógica entre os momentos.
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confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas.Essa alternativa está incorreta. Zenão não está simplesmente confundindo ou misturando duas ordens diferentes, ou seja, o sensível e o inteligível. O que ele faz é desafiar o que consideramos como última realidade ao trazer argumentos sobre o movimento que parecem contradizer a percepção sensorial cotidiana. Sua intenção não é aplicar uma condição estranha ao sensível, mas sim questionar a consistência lógica das crenças sobre o movimento e a multiplicidade.
Para se chegar a essa afirmação, utilizou-se do Raciocínio
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Lógico Dedutivo.Incorreto. O raciocínio dedutivo parte de premissas gerais para chegar a conclusões específicas. Ou seja, se tivermos uma regra geral e aplicamos essa regra a um caso específico para obter uma conclusão sobre esse caso. Na pesquisa mencionada, não temos uma premissa geral sendo aplicada a casos específicos, mas sim observações específicas a partir das quais se inferem conclusões mais generalizadas.
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Dialético.Incorreto. O raciocínio dialético envolve a análise de diferentes perspectivas, geralmente em forma de diálogo ou debate, para chegar a uma verdade mais profunda ou compreensiva. Aqui, na questão, estamos lidando com uma interpretação e generalização de dados quantitativos, sem que haja um contraponto argumentativo ou debate entre diferentes pontos de vista.
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Lógico Analógico.Esta é uma afirmação incorreta. O raciocínio analógico é utilizado quando comparamos situações semelhantes para argumentar sobre uma nova situação. Ele baseia-se na comparação de casos específicos que se assemelham de alguma forma. No entanto, a pesquisa do Ibope não está comparando casos para argumentar; ela está observando dados coletados e generalizando isso, o que caracteriza um raciocínio diferente.
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Lógico Indutivo.Correto. No raciocínio indutivo, observamos exemplos específicos e, a partir deles, tentamos formar uma generalização ou teoria mais ampla. A pesquisa do Ibope examina dados específicos (porcentagens de pessoas preocupadas em diferentes regiões) e generaliza essa observação para criar uma afirmação sobre o grau de preocupação nas diferentes regiões do Brasil, que é exatamente o que fazemos com raciocínio indutivo.
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Lógico Dedutivo e Indutivo.Esta é uma resposta incorreta. Raciocínios dedutivo e indutivo são metodologias diferentes usadas para chegar a conclusões. O raciocínio indutivo busca formar generalizações baseando-se em observações específicas, já o dedutivo parte de generalizações para tirar conclusões sobre casos específicos. Na questão, a análise é indutiva, pois parte de dados específicos (percepção de preocupação em cada região) para construir uma inferência geral.
Assinale qual das alternativas abaixo apresenta um raciocínio dedutivo logicamente correto.
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João tem 3 filhos e, neste caso, necessita trabalhar. O mesmo ocorre com Dona Jandira e Seu Bertoldo, portanto todos os homens e mulheres que tem filhos necessitam trabalhar.O raciocínio apresentado aqui é indutivo, e não dedutivo. Ele começa com observações específicas sobre João, Dona Jandira e Seu Bertoldo e generaliza para todos os homens e mulheres com filhos. No entanto, a premissa de que eles precisam trabalhar porque têm filhos não fornece uma base lógica sólida e inevitável para essa conclusão generalizada. A dedução se distingue da indução porque, no raciocínio dedutivo, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem que ser verdadeira, mas aqui isso não se aplica.
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Ao longo da história, não foi observado ser vivo que fosse imortal. Desta forma afirmei ao meu amigo que o seu galo de estimação, que é um ser vivo, mais cedo ou mais tarde morrerá.Esta alternativa apresenta um raciocínio dedutivo correto. A premissa afirma que nenhum ser vivo é imortal e, assim, conclui logicamente que o galo, sendo um ser vivo, eventualmente morrerá. Este é um exemplo de dedução válida porque a conclusão é uma consequência lógica inevitável da premissa geral, ou seja, todos os seres vivos são mortais, portanto, o galo de estimação também será.
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Um homem e uma mulher que trabalharam durante 40 anos, ao alcançarem a idade de 60 anos, devem merecer descanso pelo resto de sua vida. Isto nos leva a ter a certeza de que todos os indivíduos humanos de mais de 60 anos tem direito a descansar até sua morte.Na alternativa dada, a conclusão é baseada em uma generalização a partir de uma hipótese específica: pessoas que trabalharam por 40 anos devem descansar. No entanto, isso não logicamente implica que todas as pessoas com mais de 60 anos merecem descanso, sem considerar outros fatores. O argumento não segue as premissas de forma que a conclusão seja inevitável, mas sim faz uma suposição ampla a partir de informações limitadas, cometendo um erro de lógica ao promover generalizações indevidas.
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Uma quantia bastante expressiva de pessoas afirmou a necessidade de todos os homens e mulheres se engajarem politicamente. Assim, como não sou uma árvore, nem uma barata, me filiei ao partido político com o qual mais me identifico.Esta alternativa não apresenta um raciocínio dedutivo lógico e correto, pois parte de um ponto específico e pessoal—não ser uma árvore ou uma barata—para justificar uma decisão pessoal, sem que isso tenha relação lógica com a necessidade de todos se engajarem politicamente. O fato de não ser uma árvore ou uma barata não é um argumento válido para se filiar a um partido político. Dedução requer que as conclusões sejam logicamente inevitáveis a partir das premissas dadas, o que não ocorre aqui.
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Todos os cavalos bons corredores são também muito dóceis e, portanto, são fáceis de serem manejados ou tratados. Pode-se afirmar que o cavalo de Janete é bom corredor, uma vez que não oferece resistência ao seu tratador.Esta alternativa comete um erro de raciocínio conhecido como falácia da afirmação do consequente. A afirmação "todos os cavalos bons corredores são dóceis" não implica que todos os cavalos dóceis sejam bons corredores. Portanto, a conclusão de que o cavalo de Janete é um bom corredor apenas porque ele é dócil é incorreta. Em um raciocínio dedutivo apropriado, a conclusão deveria necessariamente seguir das premissas, mas aqui não há essa relação lógica.
Segundo Aristóteles, a lógica se divide em
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lógica simbólica e lógica matemática.A lógica simbólica e lógica matemática são desenvolvimentos mais modernos na história da lógica, surgidos muito depois de Aristóteles. A lógica simbólica utiliza símbolos e regras formais para expressar argumentos e a lógica matemática aplica métodos matemáticos à lógica. Esses conceitos não existiam no tempo de Aristóteles.
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lógica clássica e lógica intuitiva.A lógica clássica é muitas vezes usada para se referir ao tipo de lógica desenvolvida por Aristóteles, mas Aristóteles não fez essa divisão especificamente. Lógica intuitiva não é um termo que Aristóteles usou. Aristóteles focou em critérios formais e estruturais para sua lógica, sem apelar a ideias de intuição.
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lógica analítica e lógica dialética.A lógica analítica e a lógica dialética são conceitos importantes, mas não estão relacionados diretamente com a divisão que Aristóteles fez da lógica. A dialética é um método de argumentação que envolve o diálogo entre diferentes pontos de vista e é mais associado a Sócrates e Platão do que a Aristóteles. Já a lógica analítica, como entendemos hoje, relaciona-se mais com métodos de clarificação e decomposição de argumentos, mas não faz parte das divisões aristotélicas.
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lógica formal ou menor e lógica material ou maior.Essa é a resposta correta. Aristóteles considerava a lógica como uma ferramenta para atingir a verdade e organizou sua lógica como lógica formal ou menor, que trata da forma dos argumentos e raciocínios, e lógica material ou maior, que se preocupa com o conteúdo. A lógica formal lida com a validade das argumentações independentemente do conteúdo, enquanto a lógica material foca no conteúdo dos argumentos.
Esses princípios são:
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de tese, de antítese e de síntese.Esta alternativa está incorreta. Os termos tese, antítese e síntese são associados com a dialética hegeliana, não com a lógica de Aristóteles. Aristóteles estava mais preocupado com a construção de um sistema lógico baseado nos princípios fundamentais de identidade, não contradição e terceiro excluído.
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de salto qualitativo, de interpenetração dos opostos e de negação da negação.Esta alternativa está incorreta. Os princípios mencionados nesta opção se relacionam mais com a dialética hegeliana e marxista, focando em mudanças qualitativas e interações dialéticas nas quais opostos se integram. Essa concepção está distante do pensamento lógico aristotélico, que se baseia em princípios de identidade, não contradição e terceiro excluído.
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de identidade, de não contradição e de terceiro excluído.Esta alternativa está correta. Aristóteles formulou sua lógica com base em três princípios fundamentais: identidade, não contradição e o terceiro excluído. O princípio da identidade afirma que uma coisa é igual a ela mesma. O princípio da não contradição diz que algo não pode ser e não ser ao mesmo tempo. O princípio do terceiro excluído afirma que uma proposição é verdadeira ou falsa, não havendo uma terceira opção.
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de identidade, de contradição e da negação da negação.Esta alternativa está incorreta. Embora mencione o princípio da identidade, que é de fato aristotélico, ela lista também a negação da negação, que faz parte mais do debate dialético posterior de Hegel e Marx do que da lógica aristotélica.
Assinale a alternativa que apresente um argumento indutivo.
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Os filhos de Seu João e Dona Maria são engenheiros. Antonio é filio de Seu João e Dona Maria, logo Antonio é engenheiro.Este é um exemplo de argumento dedutivo, não indutivo. A dedução parte de uma regra geral e aplica a um caso específico, resultando em uma conclusão lógica e necessária, como acontece aqui: os filhos de João e Maria são engenheiros, portanto, Antônio, sendo filho deles, é engenheiro. A conclusão segue necessariamente das premissas, sem margem para incerteza.
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Faz um mês que os trabalhadores da prefeitura estão consertando o asfalto da rua onde eu moro.Esta alternativa não constitui um argumento propriamente dito, mas sim uma afirmação de um fato: o trabalho dos trabalhadores da prefeitura. Para identificar um argumento, geralmente procuramos uma estrutura lógica de premissas que levam a uma conclusão. Aqui, faltam essas conexões, e essa opção não é um exemplo de argumento indutivo.
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Todos os estudantes de Filosofia gostam de lógica. Pedro é estudante de Filosofia, logo Pedro gosta de lógica.Assim como a alternativa anterior, este também é um exemplo de argumento dedutivo. A partir de uma afirmação geral (todos os estudantes de Filosofia gostam de lógica), chega-se a uma conclusão específica sobre um indivíduo (Pedro), que se encaixa na categoria geral. A dedução parte de uma regra geral para um caso específico, tornando a conclusão certa se as premissas forem verdadeiras.
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Seu João e Dona Maria têm vários filhos. Antonio é engenheiro arquiteto, Pedro, engenheiro mecânico e Vera, engenheira ecológica. Provavelmente, os outros filhos de João e Maria também são engenheiros.Esta alternativa apresenta um exemplo de um argumento indutivo. Argumentos indutivos partem de premissas específicas e sugerem uma conclusão geral, que tem uma probabilidade de ser verdadeira, mas não é garantida. A afirmação sobre os filhos já conhecidos de João e Maria serem engenheiros leva à hipótese de que outros filhos, ainda não mencionados, também possam ser. No entanto, essa conclusão não é certa, apenas provável.
“Toda inferência analógica parte da semelhança de duas ou mais coisas em um ou mais aspectos para concluir a semelhança dessas coisas em algum outro aspecto”. (l.Copi. Introdução à Lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1968, p. 315)
Esquematicamente, se a, b, c e d forem quaisquer entidades, e P, Q, R forem quaisquer propriedades ou “aspectos”, um argumento analógico poderá ser representado da seguinte forma:
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a, b,c, d têm todas as propriedades R e P ; a, b, c têm todos a propriedade P , portanto, d tem a propriedade PAqui, a afirmação inicial é que a, b, c e d compartilham as propriedades R e P. Em seguida, afirma-se que a, b e c têm todos a propriedade P, o que já está dado inicialmente. Concluir que d tem a propriedade P não adiciona nova informação e não segue o padrão de raciocínio que se espera de uma inferência analógica. Portanto, esta alternativa não está correta.
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a, b,c, d têm todas as propriedades P e Q ; a, b, c têm todos a propriedade R , portanto, d tem a propriedade RA alternativa descreve um argumento analógico começando pelas semelhanças entre a, b, c e d em certas propriedades P e Q e indica que a, b e c compartilham uma propriedade adicional R. Daí se conclui que d provavelmente também possui a propriedade R. Este é o tipo padrão de raciocínio analógico, pois infere-se algo sobre d com base nas semelhanças com a, b e c. É o que o enunciado do exercício parece sugerir. Portanto, essa alternativa está correta.
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a, b, c, d têm todas as propriedades R e Q ; a, b,c têm todos a propriedade Q , portanto, d tem a propriedade QNesta alternativa, é afirmado que a, b, c e d compartilham as propriedades R e Q e que a, b e c têm a propriedade Q, então conclui-se que d tem a propriedade Q. No entanto, notar que d já é dito ter a propriedade Q desde o início do enunciado, o que torna a conclusão redundante. Assim, essa não representa um raciocínio analógico típico em que se conclui algo novo sobre d com base nas semelhanças com a, b e c. Logo, está incorreta.
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a, b, c, d têm todas as propriedades R e R; a, b, c têm todos a propriedade R, portanto, d tem a propriedade REsta alternativa menciona que a, b, c e d têm as propriedades R e R, o que é estranho, pois repetir a mesma propriedade não tem propósito. Em seguida, afirma que a, b e c têm todos a propriedade R e conclui que d tem R. Como d já é mencionado como tendo R desde o início, esta conclusão está simplesmente reafirmando o que já era dado, não constituindo uma inferência analógica válida. Dessa forma, está incorreta.
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